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"Larvárias" atuação e direção de Daniela Carmona |
A peça “Larvárias”, da CIA DO GIRO, foi apresentada no Espaço Tholl no domingo, dia 22 de maio de 2011, tendo início às 20h.
“Larvárias” conta com apenas dois atores em cena, Daniela Carmona e Adriano Basegio, que se utilizam de máscaras-larvas de diferentes tamanhos e formas com o objetivo de retratar o cotidiano. De um mundo totalmente branco, em meio ao nada, surgem essas figuras indefinidas, que aparentemente não estão resolvidas em características humanas, mas que também não são animais.
O espetáculo nos faz embarcar nesse mundo fenomenal que envolve o contato entre essas duas figuras que hora se encontram e se desencontram.
“Larvárias” é um espetáculo teatral que sai do convencional, não existe texto, apenas um roteiro, o trabalho de atuação dos atores é corporalmente. A peça toda está calcada no trabalho corporal e gestual, pois como eles usam máscaras, a atenção está voltada todo para o corpo. Daniela Carmona e Adriano Basegio não deixam a desejar no que tange a expressão corporal, eles conseguem “falar” apenas com o corpo.
Os recursos utilizados para ambientar a peça, tais como, música, luz, cenário e figurino, foram de extrema importância, pois contribuíram de forma positiva para o desenrolar da ação. Como a peça toda era sem falas, com apenas o trabalho de expressão corporal dos atores, poderia ter ficar muito cansativa, mas não ficou graças a presença cênica marcante dos atores. O público geralmente espera por um espetáculo convencional, como uma historinha com começo, meio e fim, pois “Lárvárias” é completamente diferente, é um projeto de estudo dos atores Daniela Carmona e Adriano Basegio sobre as máscaras, que foi introduzido no universo teatral na década de 60 pelo francês Jacques Lecoq e o qual desenvolveu princípios técnicos para utilização dessas no espaço cênico, o que nos foi apresentado foi um trabalho de pesquisa, uma demonstração técnica e não um espetáculo em si.
A direção e o roteiro de “Larvárias” ficou a cargo da atriz que também atuou na peça, Daniela Carmona, a sua assistente Adriane Mottola, ajudou na finalização do projeto de encenação, que foi excepcional. Um espetáculo de qualidade, com direção e atuação afinadíssimas, uma “injeção” de animo a todos nós estudantes de teatro, que “tentamos” fazer teatro numa cidade onde este “morreu” e que só se vive de “lendas”.
Maicon Barbosa
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