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| Montagem do grupo “Oi Nóis Aqui Traveiz” |
Domingo 24 de maio de 2009, uma linda tarde de sol, preparei meu chimarrão e rumei para o largo do mercado público a fim de assistir a apresentação teatral do grupo porto alegrense “Oi Nóis Aqui Traveiz” com o seu mais novo espetáculo “O Santo Amargo da Purificação”. Eu já conhecia o trabalho da trupe, pois em 2003 (ou 2004 não me recordo muito bem) eles tiveram aqui na cidade e se apresentaram também no largo do mercado público, admiro-os muito com seu trabalho de teatro de rua, dessa idéia de levar arte para aqueles que não têm acesso.
Chegando ao mercado percebi que o público era totalmente diferente daquele da peça “Doce Deleite”, o público da trupe de atuadores eram artistas locais, estudantes de teatro, professores, mendigos, cachorros, pessoas que nunca tinham assistido a um espetáculo teatral, ou seja, um teatro para todos.
A peça tinha como pano de fundo a ditadura militar e contava a história de vida e morte de um militante brasileiro que viveu nos duros tempos do regime militar.
O cenário era o próprio mercado, a luz do dia servia de iluminação, porém o figurino, a maquiagem, os adereços e a marcante atuação dos atores nos “puxavam” para dentro da história, nos prendendo a atenção e não deixando nos dispersar em nenhum momento. O que mais me chamou a atenção é que os atores olhavam para dentro dos olhos de cada um de nós da platéia, nos fazendo acreditar na história que estava sendo encenada.
A platéia estava muda, anestesiada, encantados com o belíssimo trabalho.
São trabalhos como esses que nos estimulam a continuar na difícil caminhada do teatro, nos fazendo acreditar que se pode fazer sim um trabalho de excelentíssima qualidade sem precisar da “escada” da televisão.
Maicon Barbosa

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